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Cenas reais dum tipo bom, caritativo e piedoso.

setembro 30, 2003

Saltos 

Telefonou-me a Cristina a avisar que a Mariana tinha torcido um pé, após um salto de para quedas. Obviamente fui visita-la! Apenas fui lá porque um acidente merece sempre a visita dos amigos. O facto de ela ser boa como o milho, não tem nada haver. Eu sou mesmo um tipo caridoso!

Estava na sala com ela a falar dos riscos dos saltos radicais. Estive a dizer-lhe que eu não me estava a ver saltar de para quedas. Pediu-me para ir ao quarto dela buscar à mesinha de cabeceira o anti-inflamatório que ela estava a tomar. Fui lá, mas como não estava em cima, tratei de abrir as gavetas. Encontrei um diário. Toca a ler. Só deu para ler o ultimo registo.

“Querido diário, não é ter torcido o pé o que mais me chateia. O que me está a provocar desanimo, é o facto não ter levado o tipo que convidei para a cama. Como sabes eu faço-o sempre com os tipos que convido a saltar.”

Ena, ena! Fiquei admirado. Lá levei os comprimidos e tratei de mudar o discurso. Deixei bem claro que um dia poderia experimentar uns saltos de para quedas.

Esse dia chegou cerca de 3 meses após esta visita. Convidou-me ela para eu ir saltar. Disse-me que era a primeira vez após o acidente, e que precisava de apoio moral. Ela sabe que eu sou um tipo sempre disposto a ajudar o próximo sem contrapartidas. Aceitei mesmo sabendo que ia ser um problema saltar. A leitura do diário, não me deixava duvidas! Eu ia!

Depois de alguns calmantes, já estava a bordo do avião lá da escola particular. A ansiedade do que me ia acontecer após o salto, nem me fazia pensar duas vezes. Saltaria as vezes que fossem preciso!

Ela saltou primeiro e eu logo a seguir. É uma sensação óptima, e o para quedas abriu bem. Ia a pensar no que aquele corpo escultural seria capaz de fazer. Ia tão absorvido nos meus pensamentos, que nem vi o galho gigantesco do eucalipto. Caí em cima dele de pernas bem abertas! Devia ter levado coquilha!

Acordei numa cama do hospital, com o triplo da massa testicular! O rascunho deste texto foi escrito na sala de espera da urologista, onde ainda ando passado meio ano!

Oh meu Deus! Eu meto-me em cada uma!!
Caridades:

setembro 29, 2003

Bruxaria 

Costumava ir a Gaia a um bar com um nome muito sugestivo. O S. Preto era um bar divertido, sempre cheio de mulherio que não engana ninguém. Era um local ao estilo do ponto de encontro que dava há uns anos na TV. Muitas vezes acabava no All You need is love.

Como gosto de me sentir bem, e de acordo com as tendências, ia sempre lá todo de negro. Desde a camisa à cor das botas. Ninguém me conhecia na zona o que era outra vantagem. Bebia sempre cerveja preta! Um dia entrou uma tipa. Os olhos dos mais maduros e conhecedores de algumas poses que estes demónios adquirem, viraram-se para ela. Toda vestida de branco. Pediu um licor de coco.

Ali estava ela sozinha numa mesa, eu noutra. Eu todo de preto. Ela toda de branco. Eu preto por fora e por dentro. Estaria ela branca por dentro? Seria algum sinal do demo?
Ela tratou de me poupar trabalho. Veio ter comigo e perguntou se eu a poderia esclarecer. Queria saber o porquê de eu estar todo de preto. Pedi-lhe para se sentar, saquei do isqueiro preto e acendi-lhe o cigarro.

Andámos nestes encontros ocasionais durante uns tempos. Ela pensava que era de Braga e que me chamava António. Eu dela sabia quase tudo. Estudante, 21 aninhos, uma autentica pérola. Chamava-se Joana. Dizem que não se devem dar pérolas a porcos. Isto não batia muito certo. Por isso quando ela me telefonou, a perguntar se nessa noite nos poderíamos encontrar de novo, decidi ir à bruxa!

Telefonei a um colega que me indicou uma em Rio Tinto. Lá fui eu. Fui recebido porque o meu colega era cliente habitual. Entrei naquela sala medonha. A cara da bruxa não me era estranha. Perguntou se não me importava que a filha dela que estava na salita ao lado ouvisse. Era sábado e ela estava a estudar. Acedi.

Comecei a descrever o problema. Queria saber se ia dar certo a minha noite.
“Vejo tudo negro” – devo ser eu vestido de preto
“ Vejo tudo branco também” – deve ser ela de branco
“ Vejo que ela gosta de si, mas vejo que o Sr. não presta! Só quer sexo”

“Pois claro que só quero sexo!!! Acha mesmo que tudo o que lhe disse era verdade? Ela não passa duma convencida. Eu vou é tratar de lhe dar o que ela anseia, e desapareço! Ela nem sabe quem eu sou. Acreditou piamente em tudo o que lhe disse. As promessas de amor, os elogios à inteligência, o falso interesse no que ela estuda. Tudo mentiras para a levar para a cama!”

Da outra sala saiu um sonoro “chega mãe! Já não aguento mais esse hipócrita!”
A filha da bruxa com a mania que era pudica, estava a falar mal de mim?
Quando entrou na sala ainda vinha a desfiar um rol de adjectivos pouco abonatórios, mas mal me viu estarreceu! Eu também fiquei gelado!!!

A minha Joana ali vestida de branco! Afinal ela não era de Gaia! Afinal a minha Joana era filha duma bruxa?
Fui expulso de lá. A filha com uma vassoura na mão, e a mãe ainda sem perceber nada a dizer-lhe: “Diz-me quem é ele, e o que te fez, que lhe lanço um feitiço! Fica impotente para toda a vida”

Ando com um medo do caraças! Rezo para que a filha não lhe conte a verdade! Para já sinto-me bem, mas nunca se sabe! Nunca se sabe……

Oh meus Deus! Eu meto-me em cada uma!
Caridades:

setembro 28, 2003

Parafusos 

Regressava de mais uma aventura frustrada com uma tipa de Aveiro. Ao chegar a Estarreja tenho uma daquelas visões, que podem dar a um tipo um fim de tarde porreiro. Como diz a sabedoria popular, e muito bem, rei morto rei posto. Tratei logo de encetar nova abordagem.

Estava uma daquelas trintonas que andam a tentar fazer concorrência às teenajers, e com as hormonas ainda nos 19, encostada ao carro com o pneu furado.

- Boa tarde! Se quiser ajudo-a!
- Olá! Não vale a pena. Eu já telefonei à minha mãe.
- Eu ajudo, eu ajudo!
- Deixe-se disso! É muito simpático, mas não vale a pena…

Ainda ela ia a acabar a palavra simpático, e já estava a abrir a mala do carro.
Pneu fora, macaco e chave para retirar os parafusos. Começa a chover. Ela abre o guarda-chuva mas é pequenino. Ainda tentou vir abrigar-me mas não dava.

Começo a tentar desapertar o primeiro parafuso.... Que parafuso maldito! Não desapertava. Estaria calcinado? Tento outro. Nada! Tento o terceiro e desta vez quase que levantava o carro! Nada… nem um estalido sequer. O “deixe estar, não vale a pena” só serviu para aquilo passar a ser uma questão de honra!

Maldita chave! Coloquei-a em posição, levantei a perna esquerda, e zás! Um verdadeiro golpe de karaté nela, que só serviu para a fazer saltar. Trinquei a língua por causa da dor na “canela”.

“Deixe para lá! A minha mãe está a tratar disso.”

OS PARAFUSOS NÃO ME IAM DEIXAR ALI A FAZER FIGURA DE PARVO!

Fui a um ferro velho ali próximo à procura duma alavanca! Encontrei o que queria no meio de alguns bocados de madeira. Ao retirar o tubo, espetei uma farpa no dedo. Cheguei ao carro todo molhado. Meti o raio do tubo e fiz força! Nada nem se mexiam! Tirei a camisola já toda encharcada. Nova tentativa que só serviu para ficar uns 30 segundos na mesma posição a avaliar se conseguia voltar à posição normal. Querem ver que arranjei um 31 do caraças nas costas?!

Estava a levantar-me devagarinho e a disfarçar as dores nas costas, passa um camião e lança mesmo na minha direcção toda a agua que estava dentro dum buraco da rua! Que banho! Uma das pedras projectadas bateu-me na testa!

Chegou a mãe dela. “Obrigado pela ajuda, mas o meu genro vem cá depois tratar disso.”

GENRO!? GENRO!? Maldito mulherio. Já nem usam aliança de casamento! Guardei a ferramenta e encostei o carro à berma. Quando a tipa se dirigia para o carro da mãe ia agarrada a ela a rir-se como uma tolinha!

Fui para o meu carro! Entrei e analisei os danos. Todo molhado, a farpa ia dar trabalho a tirar, a canela estava pior que uma batata a murro, na testa um galo, e as costas nem com 5 massagens bem dadas iria ao sítio.

Rodei a chave e o meu carro não pegou! Insisti, tornei a insistir e nada! Telefonei a um colega que me veio buscar, para ir falar com um mecânico. Antes de sair dali dei um pontapé no pneu furado do carro da tipa, e caíram 2 parafusos da roda!
Ainda ando com o pé engessado!
Oh meu Deus! Eu meto-me em cada uma!
Caridades:

setembro 27, 2003

Vergonhoso 

A sala de espera estava repleta de pessoas, na sua maioria jovens.
Nas paredes haviam quadros com as ultimas tendências.
Onze pessoas sentadas em 2 sofás e em algumas cadeiras.

As revistas para ler enquanto se espera, tinham muitas mais imagens que palavras. Discutia-se num dos lados se os bilhetes para os Rolling Stones estavam mesmo esgotados, e do outro falava-se do Porto x slb. Encostei-me a uma parede e fiquei a observar.

Do outro lado da porta ouvia-se o som das agulhas.
Mal apanhei um momento de silêncio perguntei se a minha marcação para 11:00 estava muito atrasada, ao que me responderam que sim, e em cerca de uma hora. Eu retorqui que me tinham garantido que era atendido às 11:00, o que motivou alguns sorrisos.

Perguntou uma moçoila do outro lado se eu ia fazer uma tatuagem ou um piercing. Respondi que ia fazer um golfinho de 30 centímetros. Levantou-se uma tipa e exibiu um golfinho lindo na omoplata. Todos os homens presentes nem devem ter olhado bem para a tatuagem, mas sim para as calças de Lycra que ela usava.

Perguntou-me se eu ia fazer no braço ao que respondi em tom triunfante: “Vou fazer o golfinho de 30 centímetros na pila.” Uns riram, outros olharam muito sério e uma das miúdas até se benzeu!

Uma outra de olhos verdes afirmou que era preciso ter coragem. Que provavelmente ia ter problemas por causa das dores. Fiz questão em confidenciar que uma namorada antiga tinha trincado o que não devia, e ficou com os dentes a doer durante horas.

Novamente a mesma tipa a benzer-se. Devia ser muito
católica!!!!!

Abre-se a porta, sai de lá um rapaz, e chamam por outro.
A conversa ficou animada em torno de animais tatuados pelo corpo e até já tinha um convite para ir tomar café após fazer a minha tatuagem. Dizia ela que esperava por mim.

Abre-se a porta e chamam-me! Entro de peito feito e rapidamente, para não dar azo a protestos.
Passados dois minutos saio de lá cabisbaixo.
Encaro com aquelas pessoas todas.

O tipo dá a justificação: “ Eu chamei-o primeiro porque já desconfiava que ele não tinha pila que chegasse para um golfinho de 30 centímetros.”

Ouvi algumas gargalhadas bem sonoras, e até vi pelo canto do olho a tipa do café a apagar o meu número de telele. Eu ainda disse que era por apenas 3 centímetros que não dava, mas a risada que o tatuador deu, anulou imediatamente esta minha tentativa de iludir.

Que vergooooonha!

Oh meu Deus!!!! Eu Meto-me em cada uma!!
Caridades:

setembro 26, 2003

Caridade 

Ia com tempo para o trabalho. Na TSF as noticias das 22:00 estavam a começar. Ia com os meus sentidos todos dirigidos para os buracos da porcaria de estrada secundária mal iluminada que faço todos os dias.

Após mais uma das muitas curva que tenho de fazer deparo-me com uma cena quase surreal. Ali no meio do mato um doberman a latir ferozmente para uma jovem que estava de mini-saia em cima dum muro. Aqui? Nem casas por perto tem. Travões e marcha-atrás. Não se deixa uma mulher assim tão bem vestida em maus lençóis!

Encosto o carro ao muro, salto para o lugar do passageiro, abro um pouco o vidro e pergunto se ela precisa de ajuda. Ela estava em pânico. A posição em que ela estava deixava-me num dilema profundo. Resolver logo a situação ou continuar a admirar a renda da roupa interior.

Visto que o cão não parava de correr dum lado para o outro sempre na tentativa de a apanhar, e ela não conseguia entrar pela janela para o carro, tive a magnifica ideia de ela subir para o tejadilho. Eu ia devagarinho até o cão desistir de a perseguir. Alguma coisa, ela batia no tejadilho e eu parava logo. Assim foi!

Arranquei devagarinho. Lá ia eu com uma moçoila em cima do tejadilho, em 2ª a uns 40 km/hora, e com um doberman a correr atrás do carro como um louco. Parecia uma cena tirada dum filme do 003. Para chegar às cenas do 007 tem-se muito que andar!

Passa por mim um carro devagarinho, e lá dentro o tipo faz um sinal com o dedo indicador a bater na testa! Ignorei! Ele queria era levar uma tipa boa no tejadilho! Dor de cotovelo é o que é.

O cão desistiu mas eu ainda andei cerca de 500 metros até chegar perto dumas casas. Ouvi umas pancadas no tejadilho. Parei, saí do carro, e ajudei a moçoila e descer do tejadilho. Mal se sentiu em terra firme arranjou a mini-saia que obviamente ficou toda subida, pois eu sou muito desajeitado a pegar em pessoas ao colo.

Mal ela tinha começado a explicar a situação, sai não sei de onde um rafeiro e TUNGAS! Uma mordidela na perna do samaritano. "Ai coitadinho de si! Não merecia nada disto". Não dei parte de muito fraco mas já sentia o sangue a escorrer pela perna. “Venha comigo que eu moro mesmo ali e trato de si.”

Lá ia eu a pé para desinfectar a perna, e quem sabe ser devidamente recompensado pela minha atitude caridosa. Mal passo pelo portão da casa deparo com um calmeirão completamente bêbado. “Onde andaste até estas horas!? Quem é esse marmanjo!? Espera aí, que a caçadeira ainda não teve uso este ano!!”.

Querem ver que ainda levo um tiro?!!!

Tive sorte!! Ela conseguiu acalmar o gajo por entre uns beijos e promessas de amor. Até tive de mostrar o ferimento e tudo!
Ele não estava muito convencido com a situação e eu declinei o tratamento justificando-me com as horas. Tinha de ir trabalhar! Ela agradeceu timidamente, e eu tratei de acelerar o passo até ao carro, pois o tipo vinha-me a fazer a escolta como bom cavalheiro!!

É no que dá um gajo ser caridoso!!! Esta merda na perna dói de caraças e as calças foram para o lixo!

Oh meu Deus! Eu meto-me em cada uma!!!!
Caridades:

setembro 25, 2003

Morena 

O calor de Agosto tem destas coisas. Estava entediado e resolvi sair. Passado uma hora estava encostado a um balcão duma disco muito na moda. Vi lá meia dúzia de caras conhecidas que obviamente não me reconheceram. Eu ia bem disfarçado.

Nos ouvidos tinha agora uma versão musical do negro do I Have a Dream. Ia na 2ª tuborg mas continuava entediado. Era apenas uma questão de mais meia hora. Mais 2 tuborgs e ia começar a noite. Ia acabar a chatice. O outro eu ia-se libertar, e iam vir ao de cima os coros, os “galanços” os olhinhos ao gaigedo.

A vítima estava escolhida. Uma morena de 1,70 com olhos verdes, cabelos pretos pelos ombros, lábios arredondados, seios firmes com mamilos erectos, pernas excelentemente torneadas, e um daqueles rabiosques que me faz pensar logo nas vantagens da clonagem.
Não posso descrever melhor pois não reparei bem nela.

Hora de ir ao WC libertar alguma levedura de cerveja e verificar o aspecto geral no espelho. Quando regresso dou de caras com a morena, que me pede lumes. Ai que simpatia de moçoila. Perguntou se estava sozinho e se queria dançar um pouco. Acedi meio timidamente, pois o nível de álcool na corrente sanguínea ainda estava baixo.

Uma hora depois e já juntos ao balcão surge a tentação. Chaves do carro dela na mão, e a pergunta da ordem. "Ficas? Estou mal disposta!" Claro que não fiquei. Podia deixar lá uma nina mal disposta ir sozinha para casa? Tratei de pagar a conta dela e lá fui eu todo contente antevendo um fim de noite alucinante.
Para quem estava tão entediado isto estava a correr muito bem. Melhor ficou quando ela me diz para conduzir! Um porche preto e lindo! Para além de me agradar o aspecto dela ainda tinha o carro dos meus sonhos.

A paragem seguinte era uma casa relativamente simples, e nada condizente com o carro que ela tinha, mas mesmo assim era um cantinho para "descansar" um pouco. Carro ficou à porta, e toca a entrar. Estava sentado no sofá enquanto ela foi ao WC. De repente saem não sei de onde dois gajos com cara de poucos amigos. Daqueles que se olha e das duas uma. Ou se está bem de vida e não se liga, ou então foge-se. Foi o que fiz. Lá dentro ficou o casaco e a carteira. Mas as chaves do porche vieram comigo.

Seguia a uns 120 km/hora, quando as sirenes dum carro da moina apareceram atrás de mim. Estava safo!! Escusava de ir à disco trocar de carro. Entregava já o caso às autoridades.

Na esquadra fiquei a saber das novidades. O carro estava na lista dos veículos roubados na noite anterior. Eu estava bêbado ao volante dum carro roubado, e sem documentos pessoais. A casa onde eu tinha estado era uma das casas que estavam entregues à moina no âmbito da protecção de casas no período de férias. Após uma busca a essa mesma casa, nem o meu casaco, nem os documentos, nem os capangas, nem a morena. Os donos da casa estavam em férias pelos algarves.

Fui presente ao juiz nessa manha. O processo corre nos tribunais e não sei como vai acabar. A multa foi pesada. Falta de documentos, alcoolizado, inibição de conduzir, suspeito de roubar carros, e muito provavelmente mentiras em tribunal perante juramento.

Enfim! Nunca mais vi a morena, apesar de a procurar insistentemente pela noite Portuense.

Oh meu Deus! Eu meto-me em cada uma!
Caridades:

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